Década de 60

 

Década de 60: Rebeldia e Contestação Política

 

Esta década foi marcada por um «boom económico» que originou grandes mudanças na vida e estruturação das sociedades. Esta década surge como uma continuação da década de 50, uma época marcada por movimentos de contestações juvenis e movimentos feministas. Uma contestação marcante foi o Maio de 1968, em que os jovens saíram às ruas para lutar por um melhor Sistema de Ensino, por uma valorização dos diplomas e por um melhor futuro. Segundo Correia (1996:83) «Maio de 68 e os movimentos estudantis que se desenvolveram em toda a Europa Ocidental, no final dos anos 60, anunciavam já a crítica à “sociedade de consumo”, que sustentava este modelo de desenvolvimento». Esta sociedade de consumo, segue os ideais do capitalismo, tal como já referimos anteriormente. Um outro facto marcante desta época foi o movimento hippie em que muitos jovens se inspiraram e desafiaram alguns dos seus hábitos, muitos jovens passaram a contestar a sociedade e a pôr em causa os valores tradicionais e o poder militar e económico. Os hippies tinham como lema "Paz e Amor", esta ideia sintetiza bem a postura política dos hippies, que constituíram um movimento por direitos civis, igualdade e antimilitarismo. A moda era cada um que fazia dela, aliás a moda era não seguir a moda, o que representava claramente um sinal de liberdade, o grande desejo da juventude da época.[1].

No que toca à tecnologia, verificou-se mais um avanço pois começaram as transmissões de TV a cores. Ao nível da ciência, em 1961 o homem foi ao espaço (Iuri Gagárin) por parte dos soviéticos, no entanto, Neil Armstrong é o primeiro homem a pisar na Lua, em 1969. Aqui já se começam a pensar em protecções contra a gravidez pois surgiu a pílula.

 Segundo José Alberto Correia « (...) o final da década de 60 é marcado pelo fim da ilusão de que seria possível assegurar uma democratização do acesso aos bens materiais, através do crescimento ilimitado da economia e pelo fim da ilusão de que seria possível assegurar uma democratização do acesso aos bens culturais, através da democratização do acesso aos sistemas educativos». (idem: 1996:83).

 

Referências Bibliográficas:


[1] https://almanaque.folha.uol.com.br/anos60.htm