Década de 80

Década de 80: O Individualismo e o Pragmatismo

 

A década de 80 é considerada como o fim da era industrial e início da era da informação. Foi nesta década que se descobriu a Sida e se deu a queda do muro de Berlim (1989). Este constituía uma barreira física criada pela República Democrática Alemã (Alemanha Ocidental) no período da Guerra Fria. Este muro, além de dividir a cidade de Berlim ao meio, simbolizava a divisão do mundo em dois blocos ou partes: República Federal da Alemanha (RFA), que era constituída pelos países capitalistas encabeçados pelos Estados Unidos; e República Democrática Alemã (RDA), constituído pelos países socialistas simpatizantes do regime soviético. A distinta e muito mais longa fronteira interna alemã demarcava a fronteira entre a Alemanha Oriental e a Alemanha Ocidental. Ambas as fronteiras passaram a simbolizar a chamada "cortina de ferro" entre a Europa Ocidental e o Bloco de Leste. Antes da construção do Muro, 3,5 milhões de alemães orientais tinham evitado as restrições de emigração do Leste e fugiram para a Alemanha Ocidental, muitos ao longo da fronteira entre Berlim Oriental e Ocidental. A queda do Muro de Berlim, abriu o caminho para a reunificação alemã, que foi formalmente celebrada em 3 de Outubro de 1990. Muitos apontam este momento também como o fim da Guerra Fria[1].

 No que diz respeito ao ensino, em 1986 assiste-se à criação da Lei de Bases do Sistema de Ensino que estabelece o quadro geral do sistema educativo português e que proporciona as bases para a democratização do ensino após o período de ditadura. Na moda, houve um exagero no vestuário; utilizavam-se as sandálias de plástico, saia balonê, tule no cabelo, cabelos assimétricos, as All Star (de todas as cores imagináveis), entre outros. No que respeita à tecnologia verificou-se a criação da CNN, apareceu a primeira novela portuguesa (Vila Faia) e deu-se início às emissões regulares de televisão a cores. A juventude desta década era muito participativa em movimentos sociais e políticos e era bastante marcada pelo individualismo e pragmatismo, o que de certa forma vem contrariar a década anterior.

 Na década de 80 “consolida-se o reconhecimento da durabilidade da crise, desenvolvem-se as medidas restritivas e reforça-se a prioridade da luta contra a inflação. Surgem, entretanto, apelos para uma introdução de mudanças de fundo no sistema produtivo, na intervenção do Estado e na própria relação salarial: cria-se uma nova ortodoxia postulando que as relações de trabalho herdadas do passado constituiriam um dos obstáculos à crise”. (Correia, 1996: 83-84).

 

 Referência Bibliográfica:

[1] https://pt.wikipedia.org/wiki/Muro_de_Berlim