Sara Silva

Quando lei o nome da matéria “Sistemas de Formação, Trabalho e Justiça Social” achava que se tratava duma cadeira que ia tratar de métodos empregados para educar a sociedade em quanto ao âmbito do trabalho se refere, a resolução de problemas e a pesquisa do bem comum.

Depois de tratar os temas de: “As transformações socio-históricas das relações entre sistemas de ensino e formação e trabalho”, ”a problemática da inserção profissional dos jovens, as qualificações e as competências”, “os dispositivos e sistemas de educação/formação de educação de adultos” e ”as ligações entre as metamorfoses históricas e atuais do trabalho e as formas de protecção social”. Faço uma pequena síntese do que foi para mi a matéria

Em primeiro lugar cabe falar dos câmbios que sofreu o sistema de formação e educação trás a globalização.

Para falar de globalização há que ter uma mirada retrospectiva dos movimentos históricos, que se gestaram a través dos séculos e constituíram de forma lenta um sistema que facilitou a expansão do capitalismo comercial, no que se reafirmou a influencia exportadora de bens econômicos e culturais, e deu começo a que possibilitaram o surgimento de espaços que articularam e intensificaram um modo particular de vida a nível sócio-cultural, político e econômico no mundo inteiro.

A globalização é um fenômeno de caráter internacional, a sua acção  consiste em lograr uma penetração mundial de capitais financeiros, comerciais e industriais, o que permitiu que a economia mundial moderna abra espaços de integração ativa  que intensifiquem a vida econômica mundial, surgindo como conseqüência da internalização  dos processos econômicos, os conflitos sociais e os fenômenos político-culturais.

A globalização é um concepto que pretende descrever a realidade imediata como uma sociedade planetária, mais lá das fronteiras, diferenças étnicas, ideológicas, políticas e condições  socioeconômicas ou culturais, e dizer, um intento de fazer um mundo que não esteja fracionado, senão generalizado, no que a maior parte das coisas sejam iguais ou signifiquem o mesmo. Mas isto não é assim, já que com  a chegada da globalização, marcou-se ainda mais a diferença entre uns países e outros. A medida que uns países se van fazendo cada vez mais ricos, outros vão-se fazendo mais pobres.

 

Ao haver tanta competência por parte das empresas multinacionais, as empresas precisam de gente mais capacitada, qualificada para satisfazer as demandas, o que faz ficar a gente com pouca educação num estado de pobreza total.

A precariedade que sobre grande parte da juventude vê se refletida também nas dificuldades que esta tem para participar na atividade sindical. Este intento de debilidade da estrutura sindical é, a vez, causa de maior precariedade, na medida de que são as organizações sindicais as que estão chamadas a negociar as condições de trabalho num mercado cada vez menos protegido pelo estado.

 

Hoje em dia, é preciso ter uma boa formação para entrar no mercado laboral, já que ter uma boa formação e sinônimo de estar melhor preparados para o trabalho a desempenhar.

Mas com a privatização das universidades muitos jovens devido ao seu nível econômico, não podem aceder aos estudos superiores, o que implica também diferenças de oportunidades entre a povoação. O que ao meu parecer e muito injusto, já que todos deveríamos ter direito a receber as mesmas oportunidades para uma formação. Ter uma boa formação supõe ter mais possibilidades de encontrar um trabalho, isto favorece a todos aqueles que podem pagar-se a sua formação, mas as pessoas que não podem seguiram a ser explotadas laboral e socialmente.

E todo isto se deve dendê o meu ponto de vista ao capitalismo. Este gera desigualdade e não emprego. Gera concentração do capital, desigualdade econômica, destruição do médio ambiente, consumismo,...

Se bem os mercados regulam a oferta e a demanda, os mercados também geram desigualdades, já que os que mais tenhem mais concentram.

Nos mercados, as empresas com grandes ganâncias, é dizer as grandes empresas, multinacionais, van destruindo ás menores. As grandes empresas geram muita oferta ao incorporar tecnologia, mas a sua vez destroem empregos. Por isso cada vez ai mais desemprego e muitos jovens a pesar de terem uma boa formação, quando estes terminam, muitos não são capazes de encontrar emprego.

Durante as atividades feitas nas aulas, não solo falamos da precariedade juvenil á hora de encontrar trabalho, nem das desigualdades sociais causadas pela globalização e o capitalismo. Senão que também falamos das qualificações e das competências, da formação não solo para o trabalho, senão também no trabalho,...

Em quanto a qualificação profissional define-se como o conjunto de competências profissionais com significação para o emprego que podem ser adquiridas mediante formação modular ou outros tipos de formação, assim como a traves da experiencia laboral. Entende-se que uma pessoa esta qualificada quando no seu desempenho laboral obtêm os resultados esperados, com os recursos e o nível de qualidade devido. A competência duma pessoa abarca a gama completa dos seus conhecimentos e as suas capacidades no âmbito pessoal, profissional e académico, adquiridas por diferentes vias e em todos os níveis. Pelo tanto, Entendemos por competências os conhecimentos, habilidades e as atitudes, que uma pessoa possui. O conhecimento tem relação com a formação acadêmica, o conhecimento teórico.

Desde o meu ponto de vista ser competente é mais do que ser qualificado, já que hoje em dia, as pessoas são valorizadas e reconhecidas por suas competências. Ademais, em nosso dia a dia, nos deparamos constantemente com situações que demandam analise tomada de decisão e acção. Ser competente é saber mobilizar nossos conhecimentos e habilidades, tomando a melhor atitude frente á situação. Ademais muitas organizações tem adotado a gestão por competências para avaliar seus empregados e sugerir o desenvolvimento de suas carreiras.

Há muitas pessoas que a pesar de ser competentes não adquirem uma praza de trabalho por não serem qualificados, e dizer por não terem uma formação completa ou adequada. Mas entra aqui o seguinte ponto dado nas aulas, a formação para o trabalho e a formação no trabalho.

Algumas pessoas estudam e se formam mediante cursos de ensino superior, cursos de formação,... para o desenvolvimento dum trabalho, chegando assim com as qualificações necessárias para levar a cabo a sua tarefa. Mas há pessoas que não receberam nenhuma formação antes e se incorporam a um trabalho sem ser pessoas muito qualificadas, mas é no trabalho que se vai formando e vai adquirindo competências ate conseguir ser um pessoa qualificada e competente.

Este feito da lugar a moitas criticas, já que muitas das pessoas que se estão a formar durante anos, que se supõe, quando rematam os seu estudos são pessoas qualificadas, não encontram trabalho no que levar a cabo as suas funções para as que se estiveram a preparar durante muito tempo. E o feito de que estas pessoas que não receberam formação anteriormente estejam a ocupar um posto de trabalho para o qual é necessário ter uma formação previa, e um bocado injusto, mas isso não quer dizer que não sejam pessoas competentes e que podam levar a cabo as funções do trabalho igualmente.

Acho que é importante incidir em que a gente mais maior, não teve as oportunidades de se formar que agora  nos temos, e que antes ao igual que agora, muitos desses postos de trabalho tinha de ser cobertos, o que significava que muitas vezes as pessoas não tiveram formação e a fosse adquirindo ao longo dos anos exercendo no seu trabalho. Provavelmente estas pessoas não tenham os mesmos conhecimentos teóricos que uma pessoa que termina de se formar agora, mas si tenhem as competências práticas necessárias para levar a cabo o seu trabalho, devido aos anos que nele exerceu. O que acho, é muito importante. Mas sim é certo que produze uma crise laboral nos jovens.

             Sistemas de Formação, Trabalho e Justiça Social  foi uma cadeira muito produtiva para a minha formação, que me fiz perceber melhor qual era a situação de Portugal em quanto á precariedade laboral dos jovens especialmente, não muito diferente a espanhola.

            Pelo demais, dizer que das aulas gostei muito do método de ensino, muito dinâmico e participativo, o que faz muito mais amenas as aulas e favorece a que os alunos fiquemos melhor com as idéias que se nos transmitem.

Sem duvida foi a metodologia empregada a que mais me motivou na matéria, já que na maioria das aulas, a diferença de outras matérias, não estivemos solo a ver PowerPoints senão que se faziam muitas atividades nas que se requeria a participação da turma.